VARSÓVIA
VARSÓVIA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Diana Gomes Rodrigues
Higor Santos dos Anjos
Miquéias de S.C da Rocha
Raquel Rebeca C. Conceição
Simone Conceição S. Santos
Tailane Santana de Souza
RESUMO: Este
artigo, tem como objetivo abordar a participação da capital polonesa na Segunda
Guerra Mundial, a invasão nazista na Polônia, a criação do Gueto em Varsóvia e
a resistência do povo judeu desde 1939 – 1945.
PALAVRAS-CHAVE: Guerra, Invasão, Gueto, Campos de Extermínio, Mortes.
Varsóvia,
capital e maior cidade da Polônia, cuja população em 1939 era de
1.290 000 habitantes, em 2014 passou para 1,71
milhão de habitantes com uma área de 517 km². A densidade demográfica de 3307 hab./km², constitui-se bem organizada e desenvolvida, com seu idioma polonês e moeda zloty com seus sistemas de transportes públicos,
linhas de bondes elétricos, ônibus e metro, na qual, chegam em boa parte das
atrações da cidade. Uma capital linda em aspectos urbanos, vários
pontos turísticos, por exemplo, Monumento aos Mortos na União
Soviética, Museu do Levantamento de 1944, onde se
concentra a maior parte dos turistas, belas praças e edifícios. As principais atividades econômicas da
cidade são as indústrias, comércios e serviços.
Localizada
(52°13'47 N; 21° 0' 42 E), no centro-leste do país,
cerca de 300km dos Montes Cárpatos, aproximadamente 260km do mar Báltico e 523km
a leste de Berlim (Alemanha), a cidade de Varsóvia é cortada pelo rio Vístula. O
rio Vístula é o mais longo da Polônia com 1.047km de extensão, que nasce no sul
da Polônia, nos montes Beskides, localizada entre nordeste da República
Checa, noroeste da Eslováquia e no Oeste da Ucrânia. A bacia do Vístula cobre
uma superfície de aproximadamente 195.420km² em solo polonês, suas variações
climáticas em janeiro e fevereiro geralmente congelam o rio, provocando
enchentes ao descongelarem na primavera. A
capital polonesa tem um clima continental úmido, na qual, a temperatura no
verão pode chegar a atingir os 30°C (86°F), com uma média de 18°C (64°F) em
julho. Já no inverno, a temperatura pode cair muito, com uma média de -2°C
(28°F). Dados diz que julho é o mês mais chuvoso e a neve é nada incomum no
inverno. Marcado pela continentalidade (baixa influência marítima),
apresenta abundante umidade, vegetação de floresta mista. A vegetação ao redor de Varsóvia era composta,
na maior parte da região, pela floresta temperada, que já foi quase totalmente
extinta. No norte do país nasce floresta boreal ou taiga, especialmente nas
regiões mais frias.
Varsóvia já passou por dias de
horrores, suportou disputas territoriais, presenciou a perseguição contra os
judeus e quase foi posta abaixo num confronto contra os nazistas, em 1944.
A história deste terrível episódio
começou em 1939, quando Alemanha não se conformara
com o Tratado de Paz de Versalhes, que lhe impusera a perda de seu império
colonial e de territórios na Europa deu início a Segunda Guerra Mundial.
Subindo ao poder do Partido Nacional-Socialista, seu chefe Adolf Hitler, pôs em prática uma política que pretendia reconstituir o poder militar do país, aumentar-lhe o território com a conquista, embora violenta, do que chamava “espaço vital” e anular as obrigações que lhe impusera aquele tratado.[1] Nessa sua política, Hitler utilizou vários conjuntos de ideologias falsamente cientificas. Na qual, podemos citar: a superioridade da raça ariana, que dizia que o povo alemão era de cuja encarnação mais pura e por isso estava destinada a direito de dominar as raças “inferiores”, outra ideologia dizia que as pessoas deveriam ter total submissão ao Estado, o qual deveria ser inatacável e supremo, no qual seriam determinados pelo Führer (líder).[2]
Subindo ao poder do Partido Nacional-Socialista, seu chefe Adolf Hitler, pôs em prática uma política que pretendia reconstituir o poder militar do país, aumentar-lhe o território com a conquista, embora violenta, do que chamava “espaço vital” e anular as obrigações que lhe impusera aquele tratado.[1] Nessa sua política, Hitler utilizou vários conjuntos de ideologias falsamente cientificas. Na qual, podemos citar: a superioridade da raça ariana, que dizia que o povo alemão era de cuja encarnação mais pura e por isso estava destinada a direito de dominar as raças “inferiores”, outra ideologia dizia que as pessoas deveriam ter total submissão ao Estado, o qual deveria ser inatacável e supremo, no qual seriam determinados pelo Führer (líder).[2]
Com seus
planos e ideologias, a Alemanha decidiu expandir seu território e, atacar a
Polônia simultaneamente em duas alas, de modo a prender os defensores numa
resistência, cujas pontas se fechariam em Varsóvia.
A cidade
de Varsóvia, capital da Polônia, consistia em mais de 1,2 milhões de habitantes
restabelecido depois da Primeira Guerra Mundial. Antes da Guerra era um grande
centro de vida e cultura dos judeus, na qual, consistia em mais de 350.000
habitantes, que representava mais de 30% da população total que era a maior
comunidade judaica da cidade de Varsóvia e do mundo, perdendo para a cidade de
Nova Iorque.
Os
nazistas invadiram a Polônia em 1º de setembro de 1939, sem qualquer declaração
de guerra, usando a tática de Blitzkrieng (guerra-relâmpago), com o plano
estratégico de Günther e Erich von Manstein, chamado de “Operação Fall
Weiss”,
que teve início nas primeiras horas da madrugada quando um encouraçado abriu
fogo contra as guarnições polonesas. A
aviação alemã, a Luftwaffe, destruiu
os aviões poloneses no solo, atacou tanques e bombardeou as redes de defesa.
Tanques abriram brechas nas defesas polonesas e paraquedistas, lançados por
trás das linhas, tomaram posições importantes e poucas horas depois as tropas
nazistas já avançavam pelo território polonês pelo Norte e pelo Sul. Em 8 de
setembro, os alemães avançaram até as proximidades de Varsóvia.
Segundo Antonio Gasparetto Junior, diz que:
A Polônia possuía 376 batalhões de infantaria e aproximadamente 950 mil soldados. Os poloneses poderiam espalhar as forças pela fronteira com a Alemanha e recuar até o rio Vístula para estabelecer a linha defensiva ou montar a defesa diretamente na linha do rio. O general polonês Rydz-Smigly escolheu começar pelas fronteiras, mas o exército não foi capaz de barrar os esforços de invasão dos nazistas, assim como a dos soviéticos.[3]
Dezenove dias depois da invasão alemã, a
Polônia se rende e em 29 de setembro, as tropas alemãs entraram na capital
polonesa. Logo após a sua ocupação, os alemães começaram a visar um isolamento
da população judaica. Em 12 de outubro de 1940,
foi decretado a implementação de um Gueto, criado pelo General Gouverneur alemão da Polônia Hans Frank, em 16 de outubro de 1940. O Gueto
de Varsóvia era o maior do mundo, abrigando mais de 400.000 judeus de todas as
cidades vizinhas, como também: ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e
deficientes físicos e mentais, que eram forçados a ir para o Gueto. Veja na
imagem abaixo:
Extensão do Gueto em Varsóvia
O seu muro tinha aproximadamente mais 3 metros
de altura, com arame farpado no topo e vigiado continuamente para evitar
qualquer interligação entre o povo Judaico e a população de Varsóvia. Veja nas
imagens abaixo, o muro do Gueto.
Muro do Gueto atualmente
A
situação das pessoas dos quais lá viviam era precária, “as autoridades
alemãs obrigaram os residentes do gueto a morarem em uma área de 2.1
quilômetros quadrados, com uma média de 7,2 pessoas por aposento. ”[4]
De
acordo com o site Enciclopédia do Holocausto, afirma que:
As cotas de alimentos fornecidas pelas autoridades civis alemãs para o gueto não eram suficientes para manter as pessoas vivas. Em 1941, o judeu do gueto sobrevivia à base de uma dieta de 1.125 calorias por dia, pouco mais que a metade necessária para uma pessoa sedentária. Czerniaków escreveu em seu diário em 8 de maio de 1941: "As crianças morrem de fome”. Entre 1940 e meados de 1942, 83.000 judeus de inanição e doenças. O contrabando de alimentos e remédios para dentro do gueto tentava complementar as miseráveis cotas oficiais e impedir que as taxas de mortalidade crescessem ainda mais.[5]
No ano de 1942, o governo nazista
começara com seu plano de extermínio dos povos judeus. Muitas pessoas localizadas
dentro do gueto, pensavam que iriam “para à frente de um trabalho, ganhar
dinheiro”, mas para a sua infelicidade, estavam caminhando para um campo de
extermínio em Treblinka, 80 km da capital
polonesa. Nessa ida foram mais de 300.000 judeus deportados e mortos nas
câmaras de gás. Com o passar do tempo, as pessoas que permaneceram no Gueto
ficaram desconfiadas e chegaram as informações que estariam sendo assassinadas,
então um grupo de israelitas, em suas maiores quantidades, começaram a formar uma “organização
chamada Z.O.B.
(Organização Judaica Combatente, em polonês, Zydowska Organizacja Bojowa) [6]
” para lutar contra os soldados alemães, no qual
iriam os transferir para o campo de extermínio. No ano de 1943, quando uma
equipe de soldados alemães começara a organizar um grupo de judeus para a sua
deportação, os judeus atiraram nos soldados alemães com suas armas contrabandeadas,
algumas criadas por eles mesmo dentro do Gueto e depois de alguns dias de
combate os alemães regrediram.
Abaixo
uma carta de Tuvia Boryskowski, integrante do grupo:
A batalha na rua Niska nos encorajou. Pela primeira vez desde a ocupação vimos os alemães colados às paredes, engatinhando no chão, correndo para se cobrir, hesitando antes de dar um passo, com medo de ser atingido por uma bala judia. Os gritos dos feridos nos deram alegrias e aumentaram a nossa vontade de lutar.[7]
Com essa
vitória, desencadeou-se uma série de novos conflitos.
Quatro meses depois da grande vitória, vieram
o dobro de soldados alemães fortemente armados e treinados para uma nova
tentativa de levar mais judeus para o campo de extermínio, mas os combatentes
do “Levante do Gueto de Varsóvia” tiveram início. Aproximadamente 800
guerreiros judeus fracos fisicamente pelas fomes, doenças, e pobres em
armamentos, conseguiram segurar apenas um mês os soldados alemães, mas 16 de maio de 1943, a revolta chegara ao fim.
CONCLUSÃO
Desde o
início da guerra as situações dos judeus se tornava insuportável, leis racistas
e proibições se tornavam fatos incomuns, dentro do gueto eram obrigados a usar
a estrela de Davi no braço para identificações, situações deploráveis como a
escassez de fome, crianças esqueléticas, pessoas mortas nos espaços públicos,
as péssimas condições sanitárias e alimentares eram humilhantes e o índice de
mortalidade atingindo grandes níveis inéditos morrendo em média 50 pessoas por
dia.
É com
muito orgulho que ressaltamos a força e a coragem dos guerreiros da Z.O.B, eram
poucos, não tinham tal treinamento para combate, mas em meio a miséria,
fraqueza e suas armas contrabandeadas, eles conseguiram segurar os alemães por
quase um mês, que naquele tempo era umas das armas mais poderosas de guerra da
História.
Ao
findar da revolta os alemães
capturaram mais de 55 mil pessoas e aproximadamente 6.500 foram fuzilados e o
restante encaminhados para os campos de concentrações onde foram mortos e aos
poucos o gueto foi transformando em escombros, quando em 19 de abril de 1943 deram
inicio as deportações do gueto, os soldados alemães atearam fogo nos prédios
um a um para que os judeus saíssem de seus esconderijos. No final das suas
resistências mais de 55 mil judeus foram capturados, 6.5 mil foram deportados para o campo de extermínio em Treblinka e Majdanek, o restante levado para os campos de trabalho.
Em 16 de maio de 1943, os alemães explodiram a Grande Sinagoga de Varsóvia, simbolizando
um fim do levante e do gueto. Mesmo assim, estima-se que 20 mil judeus continuaram
a viver em esconderijos, atacando soldados alemães que vasculharam a área. Em
janeiro de 1945, os soviéticos libertaram uma Varsóvia desvatada.
Veja abaixo, Varsóvia - capital da Polônia no Google Earth:
Veja abaixo, Varsóvia - capital da Polônia no Google Earth:
FREITAS, E. D.
VARSÓVIA, A CAPITAL DA POLÔNIA. Viajar pelo Mundo, 2009. Disponivel
em:
<http://www.viajarpelomundo.com/2015/11/varsovia-capital-da-polonia.html>.
|
|
VARSÓVIA. United
States Holocaust Memorial Museum. Disponivel em:
<https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005069>.
|
|
VARSÓVIA. Wikipédia,
a enciclopédia livre., 2016. Disponivel em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Vars%C3%B3via>.
|
|
VARSÓVIA. Suapesquisa.com, 2004. Disponivel em: <http://www.suapesquisa.com/cidadesdomundo/varsovia.htm>. |
|
UMA QUESTÃO DE HONRA.
Veja, Fevereiro 1943. Acesso em: 14 Julho 2016.
|
|
RIO Vístula. BioMania
(O melhor portal biológico da internet!). Disponivel em:
<http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=2547>.
|
|
SANTIAGO. Polonia:
Hidrografía. La Guia, 2009. Disponivel em:
<http://geografia.laguia2000.com/hidrografia/polonia-hidrografia>.
|
|
MUSEUM, U. S. H. M. O
LEVANTE DO GUETO DE VARSÓVIA. Holocausto: Um Local de Aprendizado para
Estudantes. Disponivel em:
<https://www.ushmm.org/outreach/ptbr/article.php?ModuleId=10007745>.
Acesso em: 04 Julho 2016.
|
|
O GUETO DE VARSÓVIA. Enciclopédia
do Holocausto. Disponivel em:
<https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005069>. Acesso
em: 05 Julho 2016. 6º paragrafo.
|
|
JUNIOR, A. G. Invasão
da Polônia. InforEscola ( Navegando e apredendo), 2006. Disponivel em:
<http://www.infoescola.com/segunda-guerra/invasao-da-polonia/>. Acesso
em: 04 Julho 2016.
|
|
RUESCAS, J. HISTÓRIA
EM GERAL. 1º. ed. São Paulo: Sivano Editorial Ltda, v. I, S/A.
|
|
MUSEUM, U. S. H. M.
GUETOS. Enciclopédia do Holocausto. Disponivel em: <https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005059>.
Acesso em: 04 Julho 2016.
|
|
ARAÚJO, A. P. D.
Doutrina Nazista. InfoEscola (Navegando e apredendo), 2006. Disponivel
em: <http://www.infoescola.com/politica/doutrina-nazista/>. Acesso em:
05 Julho 2016.
|
|
(RW), B. W. 1943:
Levante no Gueto de Varsóvia, 2016. Disponivel em:
<http://www.dw.com/pt/1943-levante-no-gueto-de-vars%C3%B3via/a-500871>.
Acesso em: 14 Julho 2016.
|
VARSÓVIA. Wikipédia,
a enciclopédia livre., 2016. Disponivel em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Vars%C3%B3via>. Acesso em: 15 Julho
2016.
|
ARAÚJO, A. P. D.
Doutrina Nazista. InfoEscola (Navegando e apredendo), 2006. Disponivel
em: <http://www.infoescola.com/politica/doutrina-nazista/>. Acesso em:
05 Julho 2016.
|
JUNIOR, A. G. Invasão
da Polônia. InforEscola ( Navegando e apredendo), 2006. Disponivel em:
<http://www.infoescola.com/segunda-guerra/invasao-da-polonia/>. Acesso
em: 04 Julho 2016.
|
O GUETO DE VARSÓVIA. Enciclopédia
do Holocausto. Disponivel em:
<https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005069>. Acesso
em: 05 Julho 2016.
|
O GUETO DE VARSÓVIA. Enciclopédia
do Holocausto. Disponivel em:
<https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005069>. Acesso
em: 04 Julho 2016. 6º paragrafo.
|
[6]
MUSEUM, U. S. H. M. O LEVANTE DO GUETO DE VARSÓVIA. Holocausto:
Um Local de Aprendizado para Estudantes. Disponivel em: <https://www.ushmm.org/outreach/ptbr/article.php?ModuleId=1000774 >. Acesso em:
04 Julho 2016.
|
-Perfeito!!!
ResponderExcluir